A proposta consta do Programa do Governo e foi detalhada pela Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e pelo Diretor Executivo do SNS, Álvaro Almeida. A ministra classificou a criação de urgências regionais como “absolutamente determinantes” para o futuro do SNS, reconhecendo que seriam necessários “mais do dobro dos profissionais” para manter todas as urgências abertas como no passado, um cenário considerado irrealista.
O plano prevê a concentração de recursos em unidades de referência, com equipas partilhadas entre hospitais, começando pelas especialidades mais afetadas pela falta de médicos, como a obstetrícia e a pediatria.
Ana Paula Martins garantiu que os diplomas para negociar este novo modelo com os sindicatos estarão prontos ainda em outubro.
No entanto, o Diretor Executivo do SNS, Álvaro Almeida, admitiu que esta reorganização poderá ter consequências.
Questionado se o número de partos em ambulâncias poderia aumentar, respondeu que é “uma possibilidade”, embora o plano inclua um reforço dos transportes. “O que nós queremos é que as crianças nasçam onde devem nascer que é nas salas de partos. Mas, nos sabemos que, na prática, isso é impossível”, afirmou, acrescentando que os partos em trânsito “não vão acabar porque sempre existiram”.












