O encerramento prolongado da urgência cirúrgica em Mirandela, que já dura dois anos, tornou-se um caso emblemático das dificuldades que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta no interior do país. O serviço, que abrangia não só o concelho de Mirandela mas também os municípios vizinhos, foi suspenso devido à incapacidade de garantir uma equipa de especialistas. A situação obriga os utentes a deslocarem-se para outras unidades hospitalares, aumentando o tempo de resposta em situações de emergência.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) é citada nos artigos, afirmando que este “não é um caso isolado”. A FNAM critica a falta de medidas concretas no Orçamento do Estado para resolver problemas estruturais como este, que resultam da dificuldade em atrair e fixar médicos em regiões mais periféricas. A ausência de uma data para a reabertura do serviço agrava a incerteza e a preocupação da população local, que se vê privada de um cuidado de saúde essencial há um longo período, transformando uma medida supostamente temporária numa carência permanente.