O pai da criança denuncia "total negligência", enquanto o hospital garante que todos os procedimentos foram cumpridos.

O incidente ocorreu no sábado, dia 5 de outubro.

A grávida tinha recorrido à urgência horas antes, pelas 16h30, mas foi mandada para casa por não se encontrar “em fase ativa de trabalho de parto”. Regressou pelas 19h59 e, durante o procedimento administrativo de admissão, que segundo a Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE) dura três minutos, deu-se o parto.

O pai, Frederico Fernandes, contradiz a versão do hospital, afirmando que a criança caiu de cabeça no chão. “A não ser que o Levi tenha levitado, ele infelizmente caiu e fui eu que peguei nele do chão”, declarou, acrescentando que se sentiu “indignado” e que a sua esposa foi “tratada como um pedaço de carne”. A ULSGE, por sua vez, rejeita a acusação de negligência, afirmando que a grávida foi “pronta e instantaneamente assistida pela equipa de emergência” que se encontrava numa sala contígua.

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reagiu com “grande consternação”, afirmando que a situação “não pode deixar ninguém descansado”.

Embora tenha pedido uma averiguação, criticou o que considera ser um excesso de processos: “É óbvio que nós também não podemos passar o nosso tempo, naturalmente, em inquéritos e processos. O que nós queremos é que o Serviço Nacional de Saúde funcione e funcione bem”.