Do lado dos médicos, a situação é igualmente crítica. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) justifica a convocatória de uma greve nacional com a recusa do Governo em negociar “salários justos e condições de trabalho dignas que permitam fixar médicos no SNS”. A falta de especialistas é a razão direta para o encerramento prolongado de serviços, como a urgência de cirurgia do Hospital de Mirandela, fechada há dois anos. A dificuldade em preencher vagas é particularmente aguda na região de Lisboa, onde quase metade dos postos para médicos recém-especialistas ficou por ocupar, especialmente nos hospitais da periferia, do Oeste e do Ribatejo, onde o elevado custo de vida agrava o problema.