Entre 1 de janeiro e 14 de outubro de 2025, a plataforma contabilizou 294 denúncias por alegada negligência, um valor superior às 233 registadas no mesmo período de 2024.
As queixas descrevem “falhas graves na assistência”, “erros e atrasos no diagnóstico”, “urgências sem médicos” e “doentes abandonados em macas”.
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) surge como uma das entidades mais visadas, com dezenas de reclamações a apontar para situações de risco clínico e demoras em contexto de emergência. Um dos testemunhos mais graves relata o caso de uma utente com apendicite aguda que, após horas de espera por cirurgia, evoluiu para peritonite. A mesma queixosa denuncia que o seu marido faleceu no mesmo hospital com um problema cardíaco após lhe ter sido atribuída uma pulseira verde na triagem, alegadamente por falta de assistência.
Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, afirma que “o aumento do número de queixas e a escalada nos relatos de alegada negligência médica refletem uma quebra crescente na confiança dos cidadãos nos serviços de saúde”. Este aumento de reclamações acompanha um crescimento geral de 20% nas queixas relacionadas com o setor da Saúde no seu todo.













