Este foi o culminar de uma longa história de problemas: nos últimos dez anos, o INEM recorreu a 18 ajustes diretos para contratar helicópteros, com todos os governos a falharem nos prazos e na dotação orçamental. A Gulf Med, vencedora do concurso público internacional lançado em novembro de 2024, deveria ter iniciado a operação com quatro helicópteros a 1 de julho, mas não o fez.

O INEM foi forçado a recorrer ao ajuste direto agora chumbado, enquanto a Força Aérea assegurava parte do serviço. Após a decisão, o INEM garantiu estar a “cumprir as orientações” do TdC e a apurar os valores devidos à empresa, assegurando que o serviço à população não foi interrompido.

No entanto, a Gulf Med poderá ter de pagar uma penalização superior a 20 milhões de euros por incumprimento, e a estabilidade do serviço de helitransporte, vital para um país com urgências a encerrar, permanece incerta.