Esta situação, que afetou diretamente os hospitais de Aveiro, Barreiro, Setúbal e Abrantes, evidencia a persistente dificuldade em assegurar equipas médicas completas e levanta sérias preocupações sobre a segurança e o acesso a cuidados essenciais para grávidas e mulheres. Os encerramentos foram detalhados em múltiplos artigos, que especificam que a urgência do Hospital Infante Dom Pedro, em Aveiro, esteve encerrada no sábado, enquanto as urgências dos hospitais do Barreiro, Setúbal e Abrantes encerraram no domingo.

A causa apontada de forma unânime para estas perturbações é a “falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas”, um problema estrutural que se agrava em períodos de férias ou fins de semana prolongados. Este cenário obriga as utentes a procurar alternativas em hospitais mais distantes, aumentando o risco associado a situações de urgência obstétrica e sobrecarregando as unidades que se mantêm em funcionamento. A repetição destes encerramentos em várias regiões do país transforma um problema pontual numa crise sistémica, que expõe as fragilidades do SNS na retenção de profissionais e na organização da sua rede de cuidados urgentes. A situação na Península de Setúbal, com os encerramentos no Barreiro e em Setúbal, é particularmente grave, dada a densidade populacional da região, e tornou-se um dos focos de contestação dos sindicatos médicos.