O caso ocorreu a 4 de outubro e levanta questões sobre a assistência prestada à utente. O inquérito foi instaurado a 7 de outubro, após a IGAS ter recebido uma participação sobre o incidente.

O objetivo é “apurar os factos relacionados com a assistência prestada a uma utente grávida, cujo bebé nasceu na receção do Hospital Eduardo Santos Silva”.

Segundo o relato do pai da criança à RTP, a mãe tinha recorrido à urgência horas antes, pelas 16h30, mas, após um exame de cardiotocografia (CTG), foi informada de que não se encontrava em fase ativa de trabalho de parto e foi mandada para casa. A administração da Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho (ULSGE) confirmou esta versão, justificando que o procedimento foi o habitual, dada a curta distância da residência ao hospital. No entanto, a mulher regressou às 19h59 e, durante o processo administrativo de admissão, que dura cerca de três minutos, deu-se o parto. O pai apresentou queixa a várias entidades, alegando que o bebé terá caído de cabeça no momento da expulsão. A ULSGE rejeita a falta de assistência, afirmando que a grávida foi “pronta e instantaneamente assistida pela equipa de emergência” que se encontrava numa sala contígua. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considerou que a situação “não pode deixar ninguém descansado”, mas sublinhou que o hospital já tinha acionado os mecanismos internos de reporte.