Enquanto as Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros apoiam a mudança, sindicatos e coordenadores de VMER expressam preocupação com o modelo de emergência implementado por Cabral nos Açores.
A decisão, resultante de um concurso da CReSAP, foi justificada pela Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, como uma escolha entre “três grandes candidatos”. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que a lei foi cumprida, considerando preferível “uma solução duradoura a uma solução temporária”.
No entanto, a nomeação de Luís Cabral, antigo secretário regional da Saúde dos Açores, está longe de ser consensual. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) contestou a escolha, afirmando que o modelo de Cabral nos Açores é “seis vezes mais caro do que o utilizado no continente” e contrário à “melhor evidência científica”. Esta posição é partilhada por 42 coordenações de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), que, num comunicado, defenderam o atual modelo médico-enfermeiro e alertaram que substituí-lo seria “um erro grave, pago em vidas”. Em sentido oposto, a Ordem dos Enfermeiros manifestou o seu apoio, destacando a experiência de Cabral e o modelo implementado nos Açores, que inclui a Triagem de Manchester no CODU. A Ordem dos Médicos também se mostrou disponível para colaborar com a nova liderança, enfatizando que “o INEM precisa de estabilidade, não de instabilidade”. A controvérsia em torno da mudança de liderança evidencia uma profunda divisão sobre o futuro do sistema de emergência médica em Portugal.













