A situação é igualmente preocupante nas cirurgias oncológicas, onde a lista de espera cresceu 4,7%, ultrapassando os 7.500 doentes.
Este colapso no acesso é um reflexo direto da crise de recursos humanos que assola o SNS.
O artigo “Carreiras de médicos e enfermeiros eram de prestígio. Hoje são de fuga” detalha como a desvalorização salarial, a estagnação nas carreiras e a sobrecarga de trabalho transformaram estas profissões.
Segundo um estudo da Nova SBE, os médicos perderam cerca de 18% do poder de compra entre 2011 e 2022, enquanto os enfermeiros auferem salários muito abaixo da média da OCDE. As consequências são visíveis: mais de metade dos profissionais pondera abandonar o SNS nos próximos cinco anos, segundo um relatório da PLANAPP. O aumento de partos em ambulâncias, consequência direta do fecho de maternidades por falta de pessoal, é uma das manifestações mais dramáticas desta crise estrutural que transforma o SNS num “sistema de urgência permanente”.













