A situação levou o coordenador do grupo que acompanha a concretização do plano a propor a revisão dos prazos, reconhecendo que, embora a "ambição é bem-vinda", os calendários originais podem ter sido irrealistas.
Este cenário cria um ciclo de problemas por resolver, onde os serviços que deveriam ser reforçados continuam a operar sob enorme pressão. A falha na requalificação das urgências significa que questões como a sobrelotação, os longos tempos de espera e o esgotamento dos profissionais não estão a ser abordadas de forma estrutural, resultando em planos de contingência e encerramentos esporádicos em vez de soluções sustentáveis. Os especialistas parecem concordar que a revisão de alguns prazos é necessária, mas tal facto aponta para um problema mais vasto de definição de metas exequíveis e de garantia dos recursos e da vontade política necessários para a sua implementação. Os atrasos contínuos minam a confiança pública na capacidade do Governo para gerir a crise na saúde e sugerem que a prometida transformação do SNS ainda é uma realidade distante, deixando os serviços de urgência como o principal ponto de falha num sistema em dificuldades.














