A situação é particularmente grave na Margem Sul, onde se relata que, em certas noites, nenhum dos hospitais da região teria estes serviços disponíveis, forçando as utentes a procurar alternativas mais distantes.

Este cenário obriga as grávidas a uma situação precária, descrita por um comentador como o "absurdo" de "ter de ir para a Internet ver que urgências estão abertas".

Embora as causas diretas não sejam detalhadas nos artigos, estes encerramentos inserem-se num contexto mais vasto de crise no SNS, marcado pela falta de profissionais e constrangimentos orçamentais.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, abordou a vulnerabilidade de certas populações, referindo que a maioria dos partos fora de hospitais ocorre com grávidas imigrantes, muitas das quais "nem falam português" ou "têm telemóvel para pedir socorro".

Esta declaração, proferida no contexto da crise, sublinha como a instabilidade da rede de urgências pode ter um impacto desproporcional sobre os grupos mais frágeis, que dependem inteiramente do SNS para um acompanhamento seguro da gravidez e do parto.