A proposta visa estabelecer um consenso político alargado que garanta estabilidade a médio e longo prazo, transcendendo os ciclos governativos.
O chefe de Estado criticou a gestão da saúde, marcada por "decisões de curtíssimo prazo" e "casuísmo", argumentando que "não é boa ideia de cada vez que muda o Governo mudar-se de política", pois "não há saúde que aguente" tal instabilidade.
O seu apelo visa um entendimento sobre o papel do SNS, do setor social e do privado, de modo a criar um quadro estável.
A sugestão presidencial gerou reações diversas no espectro político.
Candidatos presidenciais como Gouveia e Melo e Marques Mendes mostraram-se favoráveis, embora este último tenha exigido "soluções" imediatas à ministra da Saúde.
Em contrapartida, Catarina Martins acusou o Presidente de estar a "desresponsabilizar o Governo".
O Chega mostrou-se disponível para o diálogo, enquanto o PS condicionou o seu apoio ao reconhecimento, por parte do Governo, das suas falhas no setor.
Este debate revela que a crise nas urgências escalou para o mais alto nível institucional, sendo enquadrada não como uma série de incidentes isolados, mas como uma falha estrutural que exige uma resposta concertada e duradoura, embora a viabilidade de tal pacto permaneça incerta no atual clima político.











