Este modelo começa a apresentar resultados na filtragem de casos, mas a sua eficácia como solução global permanece em debate.
O sistema visa orientar os utentes, encaminhando os casos não urgentes para cuidados de saúde primários e reservando as urgências hospitalares para situações emergentes. Um artigo destaca o seu sucesso no hospital de Viseu, onde a obrigatoriedade de ligar para a Linha Saúde 24 está "a reduzir o número de casos não urgentes que chegam ao hospital". A relevância deste mecanismo é ainda mais evidente na reestruturação de serviços como o do Hospital dos Covões, em Coimbra.
Após o encerramento da sua urgência geral, a nova valência de "Centro de Atendimento Clínico" passa a receber exclusivamente utentes "encaminhados pela Linha SNS24". Esta medida transforma a linha telefónica de um serviço de aconselhamento numa porta de entrada obrigatória, representando uma mudança paradigmática no acesso aos cuidados.
Embora a triagem prévia possa otimizar recursos e aliviar a sobrelotação, a sua implementação em larga escala levanta questões sobre a capacidade de resposta da própria linha e os riscos associados a uma avaliação não presencial, especialmente para populações com menor literacia em saúde ou barreiras linguísticas.










