A contestação surge em resposta a um diploma do Governo que visa reduzir o valor pago por hora a estes profissionais, considerados essenciais para o funcionamento de muitos hospitais. Mais de mil médicos, organizados através de redes sociais, preparam-se para uma paralisação de, no mínimo, três dias, assim que o diploma for publicado.
Estes profissionais sentem-se "ostracizados" e "excluídos das decisões", defendendo a sua valorização.
A dependência destes médicos é particularmente crítica em regiões como o Algarve, Médio Tejo e Oeste.
Dados revelam que os hospitais de Faro, Portimão e Lagos gastaram mais de 14 milhões de euros entre janeiro e agosto para contratar estes clínicos e evitar o encerramento de serviços. A Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste, embora defenda a necessidade de novas regras, antevê uma "grande destabilização" numa fase inicial.
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) responsabiliza o Governo por uma eventual paralisação.
A medida do governo é vista como um catalisador para um protesto que pode ter consequências severas na capacidade de resposta das urgências hospitalares em todo o país, evidenciando a fragilidade do SNS e a sua dependência de prestadores de serviços para manter as escalas completas.











