O caso expôs falhas sistémicas e colocou a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sob intensa pressão política e social.

A controvérsia intensificou-se quando a ministra afirmou no parlamento que a grávida não tinha tido acompanhamento prévio no SNS e que "há mulheres que vêm a Portugal apenas para fazer o parto". Estas declarações foram veementemente desmentidas pela família da vítima e por documentos que provam que Umo Cani era seguida desde julho no centro de saúde de Agualva-Cacém e tinha autorização de residência. A própria Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra veio mais tarde a reconhecer o acompanhamento, justificando a falha de informação inicial com a falta de integração dos sistemas informáticos.

A família, indignada com as "declarações infelizes" da ministra, anunciou que irá apresentar queixa-crime contra Ana Paula Martins por difamação e contra o hospital por negligência.

O marido da vítima, Braima Seidi, pediu justiça, afirmando: "A ministra fala em nome de um país.

Tem de saber do que está a falar".

O caso gerou acusações de racismo por parte da associação SOS Racismo, que considerou a visão da ministra "racista" e o seu discurso "xenófobo".