A aeronave esteve sem poder realizar socorro desde o dia 1 de novembro, falhando o acionamento para pelo menos duas vítimas críticas, incluindo um recém-nascido em estado grave e um motociclista politraumatizado. No caso do motociclista, a vítima teve de aguardar pela chegada do helicóptero de Évora, que demorou o dobro do tempo para o transportar para o hospital de Faro. O INEM reconheceu que o helicóptero de Loulé ficou inoperacional no sábado "por motivos de manutenção e logísticos", nomeadamente por falta de uma peça de equipamento médico.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de esclarecimento para averiguar a situação.

Embora o INEM tenha alegado que as condições meteorológicas adversas também teriam impedido o voo do recém-nascido, a falha técnica do equipamento levantou sérias questões sobre a prontidão dos meios de emergência.

A situação só foi resolvida dias depois, com a chegada da peça em falta, permitindo que a aeronave voltasse a estar operacional 24 horas por dia.

Este incidente expôs a fragilidade da rede de emergência médica aérea e a dependência de um número limitado de aeronaves para cobrir vastas áreas do território.