O serviço de urgência geral do Hospital Dr. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) atingiu um ponto de rutura, com tempos de espera para doentes urgentes a ultrapassarem as 24 horas. A situação, descrita como dramática, levou a administração do hospital a apelar publicamente aos utentes para que contactem previamente a linha SNS24 antes de se dirigirem à unidade, de modo a evitar deslocações desnecessárias. A sobrecarga do serviço foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a falta de alguns médicos que estavam escalados e a afluência de casos complexos. Num domingo, o tempo de espera para doentes com pulseira amarela (urgentes) chegou a ser de um dia e 39 minutos. Noutros momentos do mesmo fim de semana, os tempos de espera registados foram de quase 18 e 20 horas.
Este colapso funcional da urgência, que coincide temporalmente com a polémica morte de uma grávida na mesma instituição, evidencia a pressão extrema a que o hospital está sujeito e a sua dificuldade em garantir uma resposta atempada aos doentes.
A situação reflete problemas estruturais mais vastos no SNS, nomeadamente a carência de profissionais e a sobrelotação das urgências hospitalares, que se tornam a única porta de entrada no sistema para muitos cidadãos.
Em resumoA urgência do Hospital Amadora-Sintra enfrentou um colapso, com tempos de espera para doentes urgentes a excederem as 24 horas. A administração atribuiu a crise à falta de médicos e ao elevado afluxo de doentes, apelando ao uso prévio da linha SNS24 para aliviar a pressão sobre o serviço.