O caso da morte da grávida no Hospital Amadora-Sintra, agravado pelas suas declarações iniciais incorretas, catalisou a contestação, com partidos da oposição e sindicatos a pedirem a sua demissão.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) declarou que a ministra não tem condições para continuar, enquanto o PCP responsabilizou diretamente o primeiro-ministro pela política de saúde. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reafirmou a confiança política na ministra, mas fontes próximas do executivo admitem que a sua posição será reavaliada.
A própria ministra terá manifestado vontade de sair do cargo. A sua gestão tem sido marcada por polémicas, desde o fecho de maternidades e partos fora de hospitais, à gestão do INEM e às difíceis negociações com os médicos tarefeiros.
Candidatos presidenciais como Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro também teceram duras críticas, com Gouveia e Melo a afirmar que "se a ministra da Saúde está a falhar, o primeiro-ministro também está".
A ex-ministra Marta Temido, embora considerando que a demissão não resolveria os problemas, criticou a sucessora por não assumir responsabilidades.
A situação de Ana Paula Martins é descrita como sendo de grande fragilidade, com comentadores a afirmarem que "a ministra treme cada vez mais e pode sair".











