Um comentador sublinha a gravidade da situação: "Se retirarmos os médicos tarefeiros dos hospitais, o sistema vai colapsar em dois ou três dias". Em reação à forte contestação, o Governo terá decidido adiar a publicação da portaria que reduz os valores e prepara, em paralelo, novos incentivos para os médicos do quadro do SNS.

Os médicos tarefeiros, por sua vez, organizaram-se numa associação e solicitaram uma reunião urgente com a tutela.

Embora algumas notícias indiquem um recuo na ameaça de greve imediata, a tensão persiste.

A Ordem dos Médicos apelou ao diálogo, mas levantou “sérias dúvidas” deontológicas sobre a paralisação.

Este conflito expõe uma fragilidade estrutural do SNS, onde a dependência de prestadores de serviços externos criou um grupo com poder para desafiar políticas governamentais e ameaçar a prestação de cuidados essenciais.