Embora o Ministro da Defesa, Nuno Melo, defenda a compra, as críticas apontam para limitações técnicas significativas que podem comprometer a eficácia das operações.
Especialistas e o Sindicato de Emergência Hospitalar argumentam que os Black Hawk, sendo aeronaves de cariz militar, são demasiado grandes para aterrar na maioria dos heliportos hospitalares e demoram muito tempo a descolar, o que os torna inadequados para respostas rápidas de socorro. A sua principal utilidade seria em missões de “evacuação médica” em cenários de catástrofe ou militares, mas não para a “emergência médica” do dia a dia. O sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar chegou a afirmar que o ministro está “absolutamente errado” e alertou para a falta de pilotos qualificados.
Em sua defesa, Nuno Melo afirmou que as aeronaves serão um “complemento” a outros meios e que um relatório do INEM as considera uma “excelente escolha”.
Fontes governamentais também sublinharam que a aquisição, avaliada em 32 milhões de euros, ficará a “custo zero para o Estado”, sendo financiada por fundos que, de outra forma, seriam perdidos.
No entanto, a polémica persiste, centrada na questão de saber se a escolha foi baseada na real necessidade operacional do INEM ou numa oportunidade de financiamento.













