Esta falha de planeamento compromete a eficácia do transporte aéreo de doentes, um recurso vital num contexto de encerramento de urgências.
O investimento em quatro novos helicópteros Black Hawk para o sistema de emergência médica revelou-se problemático antes mesmo da sua entrada em serviço. Segundo a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), dos 37 hospitais com heliportos em Portugal, apenas o do Hospital de Braga cumpre as condições necessárias para a aterragem segura destas aeronaves.
Especialistas e o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar alertam que os Black Hawk são desadequados para emergências que exigem uma resposta imediata, servindo primariamente para missões secundárias.
O presidente do sindicato, Rui Lázaro, classifica a compra como uma decisão baseada em "falta de conhecimento".
O Ministério da Defesa admite que os helicópteros serão um reforço e não substituirão os meios atuais do INEM.
No entanto, a incapacidade de operar na vasta maioria dos hospitais levanta sérias questões sobre a utilidade deste investimento, especialmente quando a rapidez no transporte para uma unidade de saúde adequada é crucial, como nos casos de AVC ou trauma, e quando os doentes são forçados a percorrer distâncias cada vez maiores por terra devido ao fecho de urgências locais.













