Os signatários defendem que a crise atual é, em grande parte, uma consequência do enfraquecimento dos cuidados de saúde primários. Sakellarides argumenta que "o esvaziamento da ideia do centro de saúde, começou com os agrupamentos dos centros de saúde", uma crítica direta às reformas organizacionais das últimas décadas que, na sua visão, diluíram a capacidade de resposta e a proximidade desta primeira linha de cuidados. O manifesto apela a medidas urgentes para tornar os cuidados primários mais acessíveis e resolutivos, de modo a que possam efetivamente filtrar as necessidades da população e evitar que os hospitais se tornem o primeiro e único recurso para muitos utentes. A proposta central é que um investimento sério na medicina geral e familiar e nos centros de saúde é a única forma sustentável de aliviar a pressão sobre os serviços de urgência e garantir um funcionamento mais racional e eficiente de todo o SNS.