De acordo com as informações divulgadas, os constrangimentos levaram ao encerramento da urgência obstétrica das Caldas da Rainha no sábado e no domingo, enquanto os serviços de Setúbal e Vila Franca de Xira também fecharam no domingo. A principal causa apontada para estas interrupções é a "falta de médicos especialistas para assegurar as escalas", um problema crónico que afeta a sustentabilidade dos serviços de urgência em todo o país.

Além dos encerramentos totais, outras unidades hospitalares, como o Hospital São Francisco Xavier e os hospitais de Santarém, Aveiro e Leiria, enfrentaram condicionamentos no seu funcionamento normal durante o mesmo período.

A situação reflete uma crise de recursos humanos que obriga a uma gestão de contingência, resultando na suspensão temporária de serviços essenciais. Estes encerramentos, mesmo que pontuais, geram um clima de insegurança entre as grávidas e as suas famílias, que se veem forçadas a procurar alternativas, muitas vezes a distâncias consideráveis.

A repetição destes eventos sublinha a urgência de uma reforma estrutural na gestão das carreiras médicas e na distribuição de especialistas pelo território nacional, de modo a garantir uma cobertura assistencial contínua e previsível, especialmente em especialidades vitais como a obstetrícia.