A preocupação é partilhada por outras instituições, como o Hospital de Matosinhos, que também contesta a sua despromoção na classificação hospitalar.

Os críticos da medida alertam que a reclassificação poderá afastar milhares de crianças do acesso a cuidados especializados de proximidade, sobrecarregando ainda mais os hospitais centrais do Porto, para onde os casos mais complexos teriam de ser encaminhados. Esta situação insere-se num debate mais amplo sobre a reorganização da rede hospitalar do SNS, onde as decisões de concentração de serviços são frequentemente vistas como uma ameaça à equidade no acesso à saúde, especialmente para as populações fora dos grandes centros urbanos. A contestação em Gaia e Matosinhos reflete a tensão entre a necessidade de otimizar recursos e a importância de manter serviços pediátricos diferenciados em hospitais de grande dimensão populacional.