Os clínicos argumentam que a burocracia associada a esta tarefa consome um tempo valioso que poderia ser dedicado ao cuidado dos doentes.
Os médicos signatários estimam que a tarefa de emitir uma prescrição individual para cada consulta, exame ou sessão de tratamento, mesmo para doentes crónicos ou oncológicos com necessidades de transporte recorrentes e previsíveis, consome anualmente mais de 6.000 horas de trabalho médico. Esta carga administrativa é vista como um desperdício de recursos num sistema de saúde já pressionado pela falta de profissionais. A petição, entregue à Ministra da Saúde e à Direção Executiva do SNS, propõe a simplificação do processo, possivelmente através da criação de prescrições de maior duração ou de mecanismos que não exijam a intervenção constante do médico para situações clínicas estáveis e prolongadas. Este movimento reflete um descontentamento crescente entre os profissionais de saúde com as ineficiências burocráticas do sistema, que não só causam frustração e esgotamento, mas também desviam o foco do ato clínico. A otimização destes processos administrativos é apresentada como uma medida de baixo custo com o potencial de libertar milhares de horas de trabalho médico, melhorando a eficiência do SNS e permitindo que os médicos se concentrem naquilo que é mais importante: a prestação de cuidados diretos aos seus doentes.








