Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) até ao final de novembro, todos os casos foram considerados "importados", o que significa que a infeção original ocorreu fora do país. Do total, 15 casos foram diagnosticados em adultos com idades entre os 20 e os 45 anos, e os restantes cinco em crianças.

De forma preocupante, nove dos vinte infetados não estavam vacinados, o que reforça a mensagem sobre a importância da imunização como principal barreira contra a doença. O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode levar a complicações graves, incluindo pneumonia e encefalite, resultando em hospitalizações que pressionam os serviços de saúde, incluindo as urgências pediátricas e de adultos. A ocorrência destes surtos, mesmo que limitados, sublinha a importância de manter elevadas taxas de cobertura vacinal na população para garantir a imunidade de grupo e proteger os mais vulneráveis, como os bebés que ainda não têm idade para ser vacinados. O reaparecimento de casos de sarampo é um retrocesso na saúde pública e um lembrete de que a complacência com a vacinação pode ter consequências sérias.