A situação reflete uma crise contínua na capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nesta especialidade. De acordo com a informação divulgada no Portal do SNS, os encerramentos afetaram vários hospitais de norte a sul do país. No sábado, as urgências desta especialidade estiveram encerradas nos hospitais de Portimão, Barreiro, Setúbal e Braga.
No domingo, a situação persistiu em três destes serviços.
Para além dos encerramentos totais, outros hospitais operaram com serviços condicionados, nomeadamente os de Almada, Santarém, Vila Franca de Xira e Leiria. Esta limitação na oferta de cuidados obriga as utentes, muitas vezes em trabalho de parto ou com complicações urgentes, a percorrer distâncias maiores em busca de assistência, aumentando o risco para a mãe e para o bebé. A falta de informação explícita sobre as causas destes constrangimentos nos artigos sugere um problema estrutural e recorrente, provavelmente relacionado com a falta de médicos especialistas para preencher as escalas de serviço, uma questão que tem afetado o SNS de forma crónica. A repetição destes eventos em diferentes pontos do país transforma um problema localizado numa crise de âmbito nacional, que põe em causa a previsibilidade e segurança da rede pública de saúde para as grávidas.














