A afluência massiva de utentes, exacerbada pela epidemia de gripe, levou os serviços ao limite da sua capacidade. A situação no Amadora-Sintra foi descrita como um "novo dia complicado", com relatos de esperas de quase 11 horas que, ao longo do dia, escalaram para mais de 16 horas. A pressão sobre esta unidade hospitalar foi agravada pelo facto de Portugal se encontrar em fase epidémica de gripe, confirmada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Na última semana, a urgência do hospital recebeu uma média de 350 utentes por dia com problemas respiratórios graves, um volume que sobrecarregou a capacidade de resposta.

A situação no local era de tal forma caótica que as "cadeiras já não chegam para todos os utentes em espera", havendo "dezenas à porta, em pé".

Este cenário não só compromete a qualidade e a segurança dos cuidados prestados, como também expõe a exaustão dos profissionais de saúde.

O caso do Amadora-Sintra tornou-se um exemplo paradigmático da crise que afeta as urgências do SNS, onde a procura sazonal elevada colide com constrangimentos estruturais, resultando no colapso funcional do serviço.