A situação reflete a pressão generalizada sobre os serviços de urgência da região.

Num sábado descrito como um "dia complicado" para as urgências hospitalares, o Hospital de Loures destacou-se, a par do Amadora-Sintra, pelos tempos de espera extremamente elevados. Pelas 08h30 da manhã, já se encontravam 34 doentes com pulseira amarela (urgentes) a aguardar para serem vistos por um médico, com um tempo de espera médio que rondava as 11 horas e 30 minutos.

Este número específico ilustra a dimensão do congestionamento desde as primeiras horas do dia.

O facto de múltiplos hospitais na mesma região enfrentarem problemas semelhantes em simultâneo sugere que a crise não é um incidente isolado, mas sim um problema sistémico que afeta a rede hospitalar da Grande Lisboa. A incapacidade de garantir um atendimento atempado a dezenas de doentes urgentes revela uma falha na capacidade de resposta do sistema, que não consegue absorver os picos de procura, deixando os utentes em situações de vulnerabilidade prolongada e os profissionais de saúde sob uma pressão insustentável.