A crise não se limitou às portas dos hospitais.

Técnicos de emergência pré-hospitalar revelaram que a sobrecarga se estendeu ao sistema de socorro, provocando "atrasos na saída de ambulâncias para pedidos de socorro". Esta conjugação de fatores — hospitais sobrelotados e uma resposta pré-hospitalar mais lenta — cria um ciclo vicioso perigoso, onde doentes urgentes demoram mais tempo a chegar ao hospital e, uma vez lá, enfrentam esperas prolongadas.

A situação foi agravada pela falta de vacinas da gripe nas farmácias para pessoas fora dos grupos elegíveis, limitando a prevenção na população em geral.

A epidemia de gripe atuou, assim, como um teste de stress ao SNS, revelando as suas fragilidades tanto a nível hospitalar como pré-hospitalar.