Esta situação agrava a crise nas urgências hospitalares, uma vez que os cidadãos que não conseguem atendimento presencial recorrem ao serviço telefónico, encontrando-o também sobrecarregado.

Fontes noticiosas reportam que a linha chegou a ter cerca de 600 pessoas em lista de espera, com o agravante de que a impossibilidade de transferir chamadas para o INEM atrasa o socorro em casos de emergência. Os dados oficiais confirmam o aumento da procura: as chamadas para a linha aumentaram 17% em dezembro, atingindo aproximadamente 307.000 atendimentos, com picos de afluência após os feriados.

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu publicamente os constrangimentos no funcionamento do serviço.

Numa declaração, a ministra atribuiu as falhas à operadora Altice, isto depois de, em outubro, ter anunciado um pedido de reforço do serviço para o período de inverno. Esta sucessão de problemas e a admissão de falhas por parte da tutela demonstram uma fragilidade significativa no primeiro ponto de contacto dos cidadãos com o sistema de saúde, num momento em que a sua eficácia é mais necessária.