A resposta de Rita Matias foi um ataque direto e pessoal, focando-se no salário da apresentadora na RTP. Num vídeo, a deputada afirmou: “Nós sabemos que o salário da Catarina é cerca de 15 mil euros por mês. Pagos por quem? Pelos contribuintes portugueses! Isto sim parece-me profundamente indecente e imoral”. Esta estratégia visou descredibilizar a crítica de Furtado, enquadrando-a como uma privilegiada desligada da realidade. Catarina Furtado respondeu subsequentemente, reafirmando o seu compromisso social e declarando que “o meu coração continuará inquieto”. O debate rapidamente atraiu outras figuras públicas. A antiga apresentadora da RTP, Helena Coelho, saiu em defesa de Furtado, descrevendo a atitude de Matias como “fascista e medíocre” e argumentando que o salário da apresentadora está “muito abaixo do retorno que dá à estação pública”. O humorista Nuno Markl também interveio, revelando que ele próprio é alvo de “ameaças” há anos relativamente ao seu trabalho na RTP, contextualizando o ataque a Furtado como parte de um padrão mais vasto de hostilidade contra profissionais do canal público. Este confronto transformou-se num debate mais amplo sobre o papel das figuras públicas, o valor do serviço público de televisão e a polarização do discurso político em Portugal.
