A sua narrativa expôs uma trajetória de ascensão e queda, servindo como um relato de advertência e, simultaneamente, uma tentativa de redenção pública.
Paim detalhou como o sucesso precoce e os elevados rendimentos no Sporting, quando tinha apenas 16 anos, o levaram a uma espiral descendente.
O ex-atleta admitiu que o dinheiro e o ego o conduziram ao mundo da noite, das mulheres e das drogas, culminando no abandono da sua promissora carreira.
De forma contundente, atribuiu parte da responsabilidade ao clube: "Não quero, de todo, meter a culpa no Sporting, mas acho que o Sporting deixou-me com uma pistola à cabeça".
A sua confissão mais chocante foi a de que, para sustentar os seus vícios, começou a vender droga.
"Sou apanhado numa operação da polícia e sou detido", relatou, descrevendo com emoção o momento da sua prisão em frente aos filhos.
A sua estratégia de resposta e redenção passa por recontextualizar esta experiência traumática como um ponto de viragem positivo.
"Foi o melhor que me podia acontecer, eu ter sido preso, porque aprendi muita coisa", afirmou, sublinhando que a prisão o tornou mais humilde e focado.
Atualmente, diz usar a sua história para inspirar jovens através de "palestras do insucesso".