Numa entrevista recente, a Duquesa de Sussex falou abertamente sobre a desumanização que sente e a forma como a sua identidade é transformada numa "caricatura" pela imprensa.

Na conversa com Emily Chang para a Bloomberg Originals, Meghan fez um apelo para que o público a veja como "alguém real", lamentando que a sua verdadeira personalidade se perca no meio da cultura do 'clickbait'. "Os meus amigos têm de ler isto", desabafou, sublinhando o impacto que as narrativas mediáticas têm na sua vida pessoal e na dos seus filhos, que um dia "vão ver aquelas revistas e vão ficar a saber as coisas que se diziam da mãe". A sua estratégia de comunicação passa por humanizar-se, partilhando detalhes da sua vida como "uma mãe real" que leva e busca os filhos à escola, na tentativa de contrariar a imagem criada. Markle também recordou as restrições que sentia enquanto membro ativo da realeza, citando a regra de ter de usar "collants de vidro nude" como um exemplo "parvo" mas representativo de como se sentia "pouco autêntica".

Explicou ainda que evitava usar cores vivas para não coincidir com a Rainha Isabel II ou outros membros seniores, uma tática para "passar despercebida" e não "envergonhar ninguém".

Estas declarações reforçam a narrativa que ela e o Príncipe Harry têm construído desde a sua saída: a de um casal que procurava autenticidade e que foi forçado a afastar-se devido à pressão insustentável da instituição e da imprensa.