A estratégia da defesa, manifestada no recente debate instrutório, centra-se em descredibilizar as acusações da sua esposa, Betty Grafstein. A ausência de José Castelo Branco, que permanece em Nova Iorque, marcou o debate instrutório solicitado pela sua própria defesa para evitar o julgamento.

O seu advogado, Fernando Silva, argumentou que as provas são “pouco fidedignas e até mesmo 'ficcionadas'”, sublinhando a condição de saúde de Betty Grafstein. A defesa alega que, à data das denúncias, a designer de joias, de 95 anos, apresentava um quadro de confusão mental e alucinações, o que comprometeria a fiabilidade do seu testemunho. Castelo Branco reforçou esta narrativa, afirmando que a esposa “dizia que via caixões a voar”.

A defesa sustenta ainda a inexistência de perícias que confirmem as agressões. Em contrapartida, o advogado de Betty, Alexandre Guerreiro, considerou que o debate “reforçou as condições para o processo seguir para julgamento”, classificando os argumentos da defesa como “uma falta de respeito pelas vítimas de violência doméstica”.

Esta batalha legal ocorre meses depois de Betty Grafstein ter quebrado o silêncio num vídeo, afirmando ter tido “medo” e recebido “tantos murros na cabeça”.

Castelo Branco tem negado consistentemente todas as acusações, declarando-se de “consciência tranquila” e afirmando que dedicou 30 anos da sua vida a cuidar da mulher.