O caso complexifica-se com desenvolvimentos paralelos nos Estados Unidos, onde uma ordem de restrição foi levantada.

O Tribunal de Instrução Criminal de Sintra decidiu levar José Castelo Branco a julgamento, seguindo os exatos termos da acusação do Ministério Público. Perante a decisão, o socialite reagiu de forma desafiadora, afirmando que a situação não passa de uma "cabala" e de uma "vingança" do seu enteado, Roger Basile. Numa demonstração de relações públicas calculada, Castelo Branco declarou que sempre desejou ser julgado para limpar a sua imagem: "Sempre quis ir a julgamento (...) porque o meu nome tem que sair completamente ileso de toda esta mentira". Em contraste, o advogado de Betty Grafstein, Alexandre Guerreiro, manifestou-se satisfeito, citando a existência de "um manancial significativo de prova" e mostrando-se confiante numa condenação, embora duvide que o arguido regresse a Portugal para o julgamento. A estratégia de defesa de Castelo Branco parece passar por desacreditar o processo em Portugal, enquanto celebra vitórias legais nos EUA. Recentemente, um tribunal de Nova Iorque levantou a ordem de restrição que o impedia de se aproximar de Betty, um facto que o socialite prontamente divulgou como prova da sua inocência. No entanto, o seu advogado, Pedro Nogueira Simões, esclareceu que uma visita apenas acontecerá "se for a intenção dela", uma possibilidade que parece remota, dado que uma antiga agente de Castelo Branco afirmou que a vontade de Betty é não ser contactada e que existem seguranças no local para o impedir. A gestão da crise por parte de Castelo Branco assenta na projeção de uma imagem de vítima de uma conspiração familiar, utilizando os desenvolvimentos nos EUA para contrariar a narrativa do processo judicial português.