A sua abordagem irónica ao litígio, tanto na gala como em entrevistas, evidencia a tensão entre os limites do humor e o direito à imagem.

Ao receber o prémio de Personalidade do Ano no Digital, Joana Marques utilizou o palco para responder diretamente à polémica.

O seu discurso foi meticulosamente construído com várias farpas.

Começou por dizer que esperava "uma decisão a meu favor, que me desse a vitória, mas não era bem nisto", numa alusão clara ao veredicto do tribunal. Continuou com uma referência direta aos sintomas de que os músicos se queixaram em tribunal: "Hoje vou tentar falar muito a sério, nada de brincadeiras porque eu não quero que ninguém saia daqui com erupções cutâneas, era chato irem para casa com acne".

A humorista prosseguiu, sugerindo que deveria haver "mais processos terapêuticos e menos processos jurídicos" e concluiu agradecendo ao marido, Daniel Leitão, pela paciência, notando que "hoje em dia o divórcio é um processo tão simples e tão rápido, inclusive mais rápido que o processo dos Anjos".

Em entrevistas posteriores, reforçou a sua posição, descrevendo o humor como "sempre um exercício provocatório" e afirmando estar não "ansiosa", mas sim "curiosa" com a decisão final do tribunal.

Esta estratégia de transformar o ataque em conteúdo humorístico solidifica a sua imagem pública de irreverência e recusa em ser silenciada.