O caso, que remonta a 2023, envolve uma mulher de 43 anos que alega ter sido mantida contra a sua vontade na casa do ator e agredida sexualmente.

O julgamento iniciou-se à porta fechada, uma medida comum em casos desta natureza para proteger a identidade e a privacidade da alegada vítima.

A acusação do Ministério Público, deduzida no final de janeiro, detalha que Cotta terá privado a mulher de "liberdade ambulatória e de decisão" e a constrangido a um ato sexual não consentido "por meio de força física". A defesa do ator, liderada pelo advogado Rui Patrício, tem mantido uma postura de negação veemente das acusações.

Em resposta ao processo, a defesa avançou com uma queixa-crime por denúncia caluniosa, difamação e falsidade de depoimento contra a mulher que apresentou a denúncia. O advogado de Cotta afirmou que o ator está "confiante que é inocente" e pediu ao público para não o "cancelar" ou condenar prematuramente, descrevendo a denúncia como "falsa e nem sequer é credível".

A defesa alega possuir novas provas, incluindo imagens que poderão contrariar a versão da queixosa.

O ator tem-se mantido afastado da vida pública desde que o escândalo se tornou conhecido, faltando inclusivamente à gala dos Globos de Ouro, onde um dos seus projetos estava em destaque.

Este afastamento estratégico parece ser uma tentativa de gerir a sua imagem pública enquanto o processo judicial decorre, evitando exposição mediática num momento tão delicado.

O caso representa um dos escândalos mais sérios a envolver uma figura do entretenimento português nos últimos tempos, colocando em confronto duas narrativas diametralmente opostas que serão agora avaliadas em tribunal.