A interceção das embarcações em águas internacionais gerou uma forte reação em Portugal, com várias figuras públicas e políticas a condenarem a ação e a exigirem a libertação dos ativistas portugueses.
A missão, denominada Flotilha Global Sumud, tinha como objetivo entregar alimentos e medicamentos à população de Gaza.
A detenção ocorreu quando navios militares israelitas abordaram as embarcações.
Mariana Mortágua conseguiu transmitir um direto no Instagram momentos antes da interceção, relatando a aproximação dos navios e afirmando que os militares pediram para falar com o capitão.
A transmissão foi abruptamente interrompida.
Sofia Aparício, numa entrevista à NiT pouco antes da detenção, demonstrou consciência dos riscos, mas manteve-se firme no seu propósito.
"Eu sei que vamos ser intercetados. Vai ser mais um crime de Israel (...) Vamos ser levados contra a nossa vontade", declarou, acrescentando que não se arrependeria da sua participação. A atriz descreveu a sua motivação como um imperativo moral: "não aceitar seria uma coisa que me pesaria na consciência para o resto da vida".
A reação em Portugal foi imediata.
A apresentadora Catarina Furtado e o humorista Nuno Markl usaram as suas redes sociais para criticar a detenção e apelar à intervenção do governo português.
Furtado classificou a detenção como "ILEGAL" e pediu que o governo não deixasse que fizessem mal aos ativistas.
Markl lamentou ver "comentários de portugueses, nas redes sociais, a celebrar a detenção", considerando "perverso no conceito de estar no conforto do lar a torcer pela má fortuna" de quem arrisca a vida por uma causa humanitária.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou estar a acompanhar a situação e que a proteção consular estava garantida.













