A decisão judicial foi amplamente celebrada como uma vitória para a liberdade de expressão e o humor em Portugal.
A controvérsia teve origem num vídeo satírico de Joana Marques sobre a interpretação do hino nacional pelos Anjos no MotoGP de 2022.
Os irmãos Nélson e Sérgio Rosado alegaram que a paródia lhes causou graves prejuízos financeiros e danos morais, incluindo uma "crise de acne" e o cancelamento de concertos.
O tribunal considerou a ação "improcedente", concluindo que a publicação era uma "criação humorística" e não a causa direta dos alegados danos.
Como resultado, a dupla foi condenada a pagar as custas judiciais, estimadas em mais de 30 mil euros.
A resposta das partes foi imediata e estratégica.
Joana Marques reagiu com humor, anunciando um novo espetáculo intitulado "Em Sede Própria", baseado na sua experiência em tribunal, cujos bilhetes esgotaram em minutos.
Em entrevista à SIC, afirmou: "Sinto que fui mais lesada neste processo do que eles". Por seu lado, os Anjos, em entrevista à TVI, declararam que, embora não concordem com a sentença, respeitam a justiça. Mantiveram que estão "do lado certo da história" e não descartaram a possibilidade de recorrer, sublinhando que o processo visava defender a sua "honra e dignidade". Figuras como Cristina Ferreira manifestaram empatia pelos cantores, afirmando que "o humor inteligente é aquele que não ofende", enquanto a maioria dos humoristas, como Bruno Nogueira e Eduardo Madeira, celebrou a decisão como um reforço da liberdade de expressão.













