Uma antiga polémica televisiva foi reacendida, colocando em confronto a jornalista Manuela Moura Guedes e o eurodeputado e candidato presidencial João Cotrim de Figueiredo. A controvérsia explodiu quando Moura Guedes, numa publicação no Facebook, acusou Cotrim de Figueiredo de a ter forçado a rescindir contrato com a TVI em 2010, chamando-o de "pau mandado dos espanhóis", então donos da Media Capital. A jornalista afirmou que a sua saída foi uma cedência a pressões políticas de José Sócrates, e que o seu jornal era líder de audiências. A resposta de João Cotrim de Figueiredo não tardou, através de um comunicado onde acusa a jornalista de ter "lapsos de memória incompreensíveis". A sua estratégia de defesa assenta em factos cronológicos, afirmando que, quando assumiu o cargo de diretor-geral, o programa de Moura Guedes já estava suspenso e ela de baixa médica. Cotrim de Figueiredo nega qualquer "subserviência" e contra-ataca, afirmando que a própria jornalista, na altura, elogiou a "forma humana" como ele geriu a sua saída.
Moura Guedes voltou a responder, questionando: "Estar de baixa demonstra que é para despedir?
(...) Podia tê-la integrado na redação, não é?".
Esta troca de acusações públicas entre duas figuras proeminentes da comunicação social e da política gerou um intenso debate, expondo antigas feridas e diferentes narrativas sobre um dos momentos mais polémicos da história da TVI.
Em resumoO confronto público entre Manuela Moura Guedes e João Cotrim de Figueiredo reavivou uma antiga polémica sobre liberdade de imprensa e poder político. Ambos utilizaram os meios de comunicação e as redes sociais para defender as suas versões dos factos, resultando numa batalha de narrativas que continua a dividir opiniões.