A sua resposta foi uma clara demonstração de autoridade e uma tentativa de controlar a narrativa perante a crescente pressão pública.

A diretora de ficção e entretenimento abordou o tema no programa matutino “Dois às 10”, onde desvalorizou a gravidade do incidente, afirmando que “aquilo que aconteceu ontem não pode ser considerado um ato de violência”. Esta declaração visou requalificar o ato, afastando-o da categoria de agressão que exigiria uma expulsão imediata.

Para reforçar a legitimidade da decisão, sublinhou que estas deliberações não são individuais, mas coletivas: “As decisões são tomadas em equipa”.

A parte mais contundente da sua estratégia de comunicação foi um recado direto aos críticos nas redes sociais. Confrontada com uma onda de indignação e apelos à expulsão, Cristina Ferreira foi taxativa: “Pois é, excusam de pensar que as redes sociais mandam na produção do programa, porque não mandam, é só para avisar”. Esta afirmação representa uma posição firme contra a influência da pressão popular na tomada de decisões editoriais, uma postura arriscada que visa proteger a autonomia da produção, mesmo que aliene parte da audiência. A sua intervenção surge num contexto de queixas formais que, segundo um artigo, foram enviadas à produtora internacional do formato, elevando a importância da gestão desta crise.