As suas declarações sobre temas como o uso de telemóveis e os erros da adolescência oferecem um vislumbre da sua vida familiar e da gestão da sua imagem como pai. Numa fase da sua carreira em que a sua vida fora dos relvados é tão escrutinada quanto o seu desempenho, Cristiano Ronaldo tem vindo a gerir ativamente a sua imagem como figura paternal.
As suas declarações sobre a educação de Cristianinho são um exemplo claro dessa estratégia.
Ao reiterar que o filho, agora com 15 anos, continua sem telemóvel, uma decisão que já tinha tornado pública em 2022, Ronaldo posiciona-se como um pai com princípios firmes, que resiste às pressões sociais e tecnológicas em prol do que considera ser o melhor para o filho.
A chave da sua comunicação, no entanto, é a forma como justifica esta rigidez.
Ele não se apresenta como um pai autoritário e distante, mas como alguém que compreende a fase que o filho atravessa.
A sua confissão, "Está na idade em que fazem coisas estúpidas.
Fiz o mesmo", é uma declaração poderosa.
Ao admitir os seus próprios erros de juventude, ele cria uma ponte de empatia com o público, mostrando-se um pai relatable e não um ícone inatingível. Esta abordagem humaniza-o, reforçando a sua imagem de homem de família dedicado, uma faceta que se tornou central na sua marca pessoal, equilibrando a figura do atleta de elite com a do pai preocupado e presente.








