A decisão do Tribunal de Sintra baseou-se em inconsistências no depoimento da alegada vítima, levantando um debate sobre a presunção de inocência e o impacto de tais acusações na vida de uma figura pública.
O tribunal considerou, “por unanimidade”, que o ator era inocente dos crimes de que era acusado, que incluíam importunação sexual, coação sexual, violação, sequestro agravado, ameaças, entre outros.
O juiz Carlos Camacho fundamentou a decisão com as “incongruências” no depoimento da queixosa, que apresentou versões diferentes dos factos às autoridades ao longo do processo.
De forma notável, a própria procuradora do Ministério Público, Maria do Rosário Pires, pediu a absolvição do ator nas alegações finais.
Em reação à sentença, Carloto Cotta manifestou-se “aliviado” com o fim de um processo que descreveu como “dantesco e kafkiano”, e fez um apelo ao respeito pela presunção de inocência.
“Sinto-me como me sentia antes: inocente”, declarou.
Em contrapartida, a advogada da alegada vítima, Cristina Borges de Pinho, afirmou considerar o depoimento da sua cliente “do mais credível” que viu em 40 anos de carreira, e admitiu a possibilidade de recorrer da decisão.
O caso expõe a complexidade e o escrutínio público que rodeiam acusações desta natureza, especialmente quando envolvem personalidades conhecidas.









