A principal fonte de angústia para os seus amigos mais próximos é o seu completo isolamento, resumido na frase repetida em vários relatos: "Não atende nem abre a porta a ninguém".

Esta recusa em comunicar transformou uma questão de saúde privada numa preocupação pública, amplificada pela impotência manifestada pelos seus pares.

A resposta à situação não parte do ator, que se remeteu ao silêncio, mas sim da sua comunidade, que desespera por não conseguir ajudar.

A divulgação do seu estado na imprensa funciona como um apelo público e uma forma de alertar para a gravidade da situação, refletindo uma estratégia de último recurso por parte dos amigos para quebrar o ciclo de isolamento. Esta controvérsia pública sublinha a vulnerabilidade de figuras conhecidas a problemas de saúde mental e a dificuldade em prestar auxílio quando a própria pessoa recusa o contacto, colocando o meio artístico numa posição delicada de respeito pela privacidade versus a necessidade de intervenção.