A absolvição de Joana Marques no processo cível movido pela dupla Anjos dominou a atualidade mediática, culminando no anúncio de um novo espetáculo pela humorista através das redes sociais. A decisão judicial, que ilibou a radialista de pagar uma indemnização superior a 1,1 milhões de euros, foi celebrada como uma vitória para a liberdade de expressão. A notícia foi recebida com euforia em direto no seu programa de rádio, um momento partilhado nas redes sociais que rapidamente se tornou viral. Pouco depois, Joana Marques anunciou um novo espetáculo intitulado "Em Sede Própria", com datas em Lisboa e no Porto, prometendo abordar o processo judicial com o seu característico humor.
A humorista afirmou em entrevista à SIC que o desfecho era o único que considerava possível, descrevendo a indemnização pedida como "quase uma anedota" e sentindo-se "mais lesada" devido aos custos do processo. A juíza considerou a ação "improcedente", afirmando que a publicação de Marques era uma "criação humorística" que não incentivava ao "apedrejamento verbal" sofrido pelos cantores, cujos prejuízos não foram comprovadamente causados pelo vídeo.
Os irmãos Rosado, por sua vez, reagiram em comunicado e em entrevista à TVI, afirmando não concordar com a decisão, mas respeitá-la, e ponderando um recurso.
Sublinharam que o processo visava defender a sua "honra e dignidade" e que se sentem "do lado certo da história".
A polémica gerou um vasto debate público, com figuras como Manuel Luís Goucha, Eduardo Madeira e Bruno Nogueira a defenderem a humorista, enquanto Cristina Ferreira expressou uma opinião mais ponderada, afirmando que "o humor inteligente é aquele que não ofende".
Em resumoA absolvição de Joana Marques foi um marco no debate sobre os limites do humor e da liberdade de expressão em Portugal. A sua reação, ao transformar a experiência num novo espetáculo, capitalizou a atenção mediática, enquanto a dupla Anjos, apesar da derrota judicial e da condenação ao pagamento de custas, manteve a sua posição de que a sua honra foi lesada.