A atividade, promovida pelas associações locais “A Manta” e “Associação Desportiva Praia da Manta Rota”, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, centra-se na demonstração da “galapé”. Esta era uma técnica tradicional de pesca que utilizava uma rede com cerca de 40 metros de comprimento, manobrada por um grupo de três a cinco pescadores em zonas de pouca profundidade. A operação dividia os pescadores entre os “calão de fora”, que entravam na água para arrastar a rede, e os “calão de terra”, que auxiliavam a partir da praia. Mais do que uma simples demonstração, o evento é descrito como “um gesto de salvaguarda cultural” e uma “experiência viva de património imaterial”. A organização incentiva a participação do público no momento de puxar a rede para terra, transformando a recriação num “gesto simbólico de união e partilha”. Esta iniciativa evoca uma prática que, durante décadas, foi não só uma fonte de sustento, mas também um símbolo de cooperação e identidade comunitária na costa algarvia, procurando assim manter viva a memória coletiva da região.

“Vamos à Levada” leva tradição piscatória centenária à Praia da Lota