Considerada uma das grandes romarias da região, a festa atraiu centenas de pessoas ao Parque da Boa Morte. O cortejo religioso foi o ponto alto, com as mordomas a envergarem os seus trajes tradicionais e o peito carregado de ouro, um elemento distintivo e de grande valor etnográfico. A procissão integrou ainda figurados bíblicos, representantes das instituições locais e foi acompanhada por fanfarras e bandas de música. O juiz da festa, Constantino Puga, salientou o espírito da organização: “Não temos orçamento à Benfica, temos orçamentos à boa maneira minhota. Fizemos o que podíamos com o que tínhamos, mas o que temos é bom!”. O programa incluiu também o regresso da Feira do Gado, uma aposta na recuperação de tradições antigas. O vereador Gonçalo Rodrigues classificou a romaria como uma das “grandes manifestações do património cultural e imaterial” do concelho, elogiando as “gentes da Correlhã” por manterem a força e singularidade do evento. A autarca de freguesia, Fátima Oliveira, destacou o esforço e a “carolice” da população na organização, que exige grande dedicação e sacrifício pessoal.

Mordomas deixaram a Boa Morte ainda mais reluzente