Este evento, que atrai milhares de pessoas, incluindo muitos emigrantes e aficionados espanhóis, decorre em 14 localidades até 25 de agosto. A capeia arraiana distingue-se pela utilização do forcão, uma estrutura triangular em madeira de carvalho manejada por cerca de 30 homens para lidar com o touro, uma prática exclusiva da região raiana.
O presidente da Câmara do Sabugal, Vítor Proença, destaca o impacto económico do evento, afirmando que “a população do concelho quase que quadruplica” nesta altura do ano, impulsionando a economia local.
A importância cultural da tradição, registada no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial desde 2011, exige um cuidado acrescido na sua organização.
Este ano, o município reforçou a segurança, disponibilizando uma unidade móvel com médico e enfermeiro para prestar assistência imediata em caso de incidentes.
O ciclo inclui os tradicionais ‘encerros’ de touros pelas ruas durante a manhã e as capeias à tarde, culminando no festival “Ó Forcão Rapazes!”, em Aldeia da Ponte, considerado o “campeonato do mundo do forcão”.
A forte participação comunitária e o envolvimento dos jovens garantem a continuidade desta tradição, que se assume como um pilar da identidade cultural da raia beirã.